A Desigualdade Social e Econômica do Mundo e o Futuro Que Estamos Construindo - Diário de Bordo #15
Olá a todos,
Trabalhei 20 anos em empresas de tecnologia, acompanhei e ví nascer várias inovações e quando me desliguei do segmento de business em tecnologia segui minha vida cuidando do emocional das pessoas principalmente com as ferramentas da psicanálise e neurociência.
Ambas as áreas são fascinantes, é extremamente prazeroso acompanhar de perto todas as revoluções tecnológicas por outro lado sempre gostei de ver pessoas felizes, independente de seu sucesso financeiro ou profissional felizes por opção de vida, sempre gostei de ver e de ajudar as pessoas a serem felizes, mas algo me incomoda muito atualmente. “Qual será o nosso futuro?” “O que nós espera?” “O que vai ser de nós como raça, como humanidade com o desenvolvimento acelerado de tudo?
A Desigualdade Social e Econômica do Mundo e o Futuro Que Estamos Construindo
Vivemos em uma era de extremos. Avanços tecnológicos sem precedentes convivem com miséria extrema. O mesmo mundo onde se sonha com a colonização de Marte ainda falha em garantir água potável, comida e o básico de educação e higiene para muitos. Diante dessa contradição gritante, uma pergunta ecoa: que futuro estamos construindo e para quem?
Neste artigo, proponho uma reflexão profunda sobre a desigualdade no mundo, os possíveis caminhos da humanidade e o papel que cada um de nós pode desempenhar nesse momento crítico da nossa história e que poucos se dão conta.
1. O quadro atual da desigualdade no mundo
Segundo dados do Banco Mundial, os 1% mais ricos detêm mais riqueza do que os 99% restantes do mundo. Enquanto grandes corporações aumentam seus lucros, cerca de 700 milhões de pessoas ainda vivem com menos de 2 dólares por dia.
Entre outras coisas a pandemia escancarou essas desigualdades: acesso desigual à tecnologia, à educação e à saúde, além de um abismo cada vez maior entre quem lucra com a crise e quem sofre suas consequências.
2. Para onde caminha a humanidade em um prognóstico positivo?
Num cenário esperançoso, a humanidade começa a integrar valores éticos às decisões econômicas e tecnológicas. Políticas de redistribuição de renda, educação acessível e ecológica, governança global baseada em empatia e ciência passam a guiar as ações.
Vemos crescer iniciativas de renda básica, cooperação internacional, transição energética e novos modelos educacionais. É o despertar da consciência planetária.
3. E em um quadro negativo?
Sem mudanças estruturais, o mundo caminha para um agravamento da desigualdade, colapsos ambientais, escassez de água e alimento, e novos conflitos por território e tecnologia e também o fim do trabalho como o conhecemos e a inteligência artificial pode ser usada, também, para controle social, vigilância e concentração de poder.
O preço será alto: sofrimento em massa, migrações forçadas, autoritarismo digital e degradação ecológica irreversível.
4. Como fica o futuro do trabalho?
A automação e a IA já estão substituindo milhões de empregos. O trabalho como conhecemos está em transição. As profissões repetitivas desaparecem; as criativas, humanas e técnicas ganham espaço.
Mas surge uma grande questão: se as máquinas produzem, como redistribuir a riqueza? A Renda Básica Universal pode ser uma resposta. O novo trabalho será mais fluido, remoto, e baseado em propósito, não apenas em sobrevivência e se discute muito hoje em dia a criação de uma renda básica e mundial para cada um dos habitantes do planeta, ou seja, estamos em um limiar, um ponto de virada e temos que começar a olhar com cuidado esse momento de mudança e transição.
5. O papel da Inteligência Artificial e da revolução tecnológica
A IA pode curar doenças, prever catástrofes e democratizar o conhecimento. Mas também pode ser usada para manipular, vigiar e excluir.
O ponto central não é a tecnologia em si, mas quem a controla e com quais propósitos. Precisamos de uma regulação ética global da tecnologia, que garanta dignidade, transparência e justiça.
6. Como poderá ser a formação escolar de nossos filhos?
A escola do futuro terá que ser mais emocional, integral e conectada com a vida real. Ensinará a pensar, sentir, cooperar, resolver problemas e se autorregular emocionalmente.
Conteúdos como ética digital, autoconhecimento, sustentabilidade e espiritualidade poderão ocupar o centro da formação. A tecnologia será aliada, mas o vínculo humano continuará essencial.
7. Quando iniciaremos efetivamente a colonização do espaço?
Com missões previstas para Marte entre 2030 e 2040, já vivemos os primeiros passos. A SpaceX, de Elon Musk, lidera testes e viagens orbitais. Mas não basta colonizar, precisamos não exportar nossas desigualdades e problemas para fora da Terra. Conseguiremos? Eu acredito que não, pois como humanos somos essencialmente contraditórios e mesquinhos.
A colonização só será ética se for inclusiva, sustentável e guiada por valores humanos elevados.
8. Previsões de Elon Musk e grandes cientistas
Elon Musk prevê a fusão homem-máquina, a colonização de Marte e a sobrevivência da humanidade fora da Terra. Já pensadores como Yuval Harari, Michio Kaku, a bióloga Jane Goodall e o cosmologia Neil deGrasse Tyson defendem equilíbrio: avanço tecnológico com responsabilidade ecológica, social e espiritual. O que pelo menos no papel, é perfeito.
As visões se dividem entre o transumanismo e a ecoconsciência. E o futuro dependerá de qual dessas forças vencer.
9. Estamos à beira de um colapso civilizacional?
Vários sinais indicam sim: colapso ambiental, esgotamento emocional coletivo, crise de valores e saturação do modelo econômico. Mas como toda crise profunda, o colapso pode ser uma chance de renascimento.
Será necessário revisar as bases da nossa civilização: menos ego, mais ecologia; menos competição, mais cuidado.
10. Qual o papel da espiritualidade nesse futuro?
A espiritualidade como reconexão com o mistério da vida pode ser uma bússola no caos. Não se trata de dogma, mas de sentido, presença e consciência, de.encontrar nosso papel no mundo, de perceber que realmente não estamos sozinhos.
Em um mundo cada vez mais automatizado, o que nos manterá humanos será justamente aquilo que as máquinas não podem reproduzir: compaixão, introspecção, silêncio, vínculo. A espiritualidade será, talvez, o diferencial de um novo tempo, um retorno a nós mesmos e ao todo.
11. O que é vital construirmos para garantir um bom futuro?
Precisamos de uma nova ética global, arraigada na justiça social, sustentabilidade ecológica e sabedoria espiritual. Isso envolve:
Educação libertadora
Distribuição justa da riqueza
Regulação da IA
Saúde mental universalizada
Cooperação internacional
Reconexão com o planeta
Sentido existencial
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O futuro não está escrito está sendo esculpido agora. Não há neutralidade: cada ação ou omissão ajuda a moldar o mundo que virá. A desigualdade é o maior obstáculo, mas também o maior convite à transformação.
É tempo de escolher entre repetir o colapso ou iniciar um novo ciclo de consciência.
Sempre lembro da frase do filósofo indiano Krishnamurti “Não evoluímos como seres humanos, apenas criamos com o decorrer dos anos, novas geringonças tecnológicas.
Tendo uma visão pessimista ou otimista do futuro, do mundo que vamos deixar aos nossos filhos enquanto não existe leis ou regras para esse novo mundo, estejamos sempre de olhos abertos para colaborar nas mudanças que queremos para esse mundo e prontos para a ação para ajudar a cria-lo justo, para todos, sem miséria ou exploração.
Abraços,
Guilherme de Almeida
Vivemos em um mundo onde se passa viés político por cima do que deveria ser em prol da humanidade - ora como time de futebol, ora como interesse próprio. acho que falta a sabedoria do caminho do meio, não dá pra radicalizar nem quebrar o que já está pavimentado - infelizmente essa consciência que você fala e de forma muito acertada, está bem longe e talvez nem vivamos o suficiente pra ver.
Grande texto, amigo!